quarta-feira, 22 de abril de 2009

Generalizações versus Evidências: o Processo RVCC

Tive a oportunidade de assistir a uma sessão de avaliação final de candidatos (27 de Fevereiro) no âmbito …NOVAS OPORTUNIDADES…e confesso que fiquei agradavelmente surpreendido com tudo aquilo a que me foi dado assistir.











Passo a explicar a razão da minha admiração e da impressão muito positiva que recolhi ao assistir a este evento:

Primeiro que tudo convém referenciar a ideia generalizada que se vai formando na opinião pública, na qual também me incluo, relativamente a este tipo de iniciativas lançadas pelo Ministério da Educação, que normalmente se associam a processos facilitadores, sem o sustentáculo pedagógico necessário para a correcta formação dos indivíduos, e tendo subjacentes objectivos políticos suportados em dados estatísticos decorrentes da sua realização.


Deste modo, ao assistir a esta avaliação final fui-me apercebendo, examinando após examinando, que efectivamente aquela ideia de que estávamos perante um processo facilitador que não se suportava numa formação de base adequada à habilitação a obter, não tinha qualquer razão de ser.


Antes pelo contrário, fiquei deveras bem impressionado com a qualidade das apresentações, com riqueza das vivências relatadas, autenticas licenciaturas da “Universidade da Vida”, e com a empatia relacional que constatei existir entre os orientadores (professores) e formandos sempre com um evidente grau de exigência e rigor nos diversos segmentos formativos que compõem o currículo do processo em apreço.


Outro aspecto curioso que julgo de realçar, é que um significativo número destes formandos, detentores de elevadas capacidades pessoais e profissionais, por diversas condicionantes das suas vidas privadas, não foram bafejados pela sorte de poderem, na altura própria, frequentar um estabelecimento de ensino que lhes possibilitasse obter uma habilitação académica para suporte de uma vida profissional diferente e mais adequadas às suas reais capacidades.


Por isso, mais se realça que, apesar dos anos passados, eles estarem presentes e prontos a “lutar” por aquilo que sempre quiserem fazer mas que as adversidades da vida não lho permitiram.


Por fim permito-me sugerir que se potencie a apresentação de algumas destas avaliações finais, em especial se houver uma gravação vídeo, para que elas possam ser objecto de apreciação e debate com os jovens alunos das nossas Escolas, pelas autênticas “Lições de vida “ que elas encerram e que poderão contribuir para uma nova perspectiva de posicionamento na sociedade e na instituição familiar para muito dos nossos jovens.


António Dias


Lisboa, 2009


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