IMPACTO DO PROCESSO RVCC NA MINHA VIDA
Terminado o
Portfólio da história da minha vida, compilação que reúne, não só o trabalho,
esforço e dedicação despendidos ao longo dos últimos meses, mas também, o
relembrar de todo um conjunto de vivências, conhecimentos e experiências
adquiridas ao longo da minha vida, a nível familiar, profissional e social.
Para além de relembrar todas as aprendizagens e competências que adquiri ao
longo dos meus trinta e três anos, esta experiência serviu também para ver
reconhecidas ao nível do 9.º ano, competências em diferentes áreas do saber:
Cidadania e Empregabilidade, Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC),
Matemática para a Vida e Linguagem e Comunicação.
É claro que
me debati com algumas dificuldades, especialmente em termos de disponibilidade,
porque a minha atividade profissional exige demasiado rigor e concentração no
cumprimento do serviço, com várias horas de permanência para além do horário
normal, em função das constantes alterações introduzidas à legislação, na
aplicação de novos programas informáticos, assim como, na responsabilidade de orientar, coordenar, supervisionar e executar as atividades
desenvolvidas, que tenho a meu cargo.
Por outro lado, considero gratificante verificar que consegui atingir o objetivo
a que me propus, superando as dificuldades ocorridas, para o que muito
contribuiu a minha motivação pessoal, o estímulo e incentivo do meu namorado e
a cooperação dos professores que me orientaram.
Nesta
tarefa de sistematizar e valorizar conhecimentos adquiridos ao longo da vida
podemos, finalmente, dar valor à escola da vida, às experiências que vamos
coligindo e à forma como vamos fazendo opções. Nem sempre é um trajeto fácil.
Não raras as vezes, levou-me a reconhecer lados negativos, em experiências que
recordava como inteiramente positivas e perceber consequências positivas em
acontecimentos negativos. A autoavaliação e a autocrítica requereram ao longo
deste processo um grande esforço e adaptação.
Na minha perspetiva,
vivemos numa sociedade virada para o “parecer” e muito pouco preocupada com o
ser. Todavia, neste processo de “oportunidade” descobri quem sou, “amolguei-me”
e viajei à procura de mim mesma. Encontrei neste caminho “esqueletos no
armário” e vesti-o de cores foliadas para esconder a dor. Muitas vezes, quando
somos obrigados a refletir, somos também obrigados a despi-los e encará-los de
frente, em toda a sua fealdade. O resultado? Às vezes só crescimento, outras
vezes ainda a dor… de pensar.
Toda esta
expedição é isto e muito mais, é odisseia, um exame e um julgamento ao "filme" da
minha vida, quando deixamos de ser “somente” os protagonistas e passamos a ser,
concomitantemente, críticos ferozes da nossa própria atuação.
Marta Cristina Dionisio Morais
Covilhã
Nível B3 - certificação em finais de Novembro de 2012
Profissional RVC Dr.ª Olga Marques Filipe
1 comentário:
Um testemunho verdadeiramente interessante e muito bom. Do melhor.
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