quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Sessão de júri - 18 de Fevereiro


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Decorreu no dia 18 de Fevereiro do corrente ano uma sessão de júri de certificação de nível secundário.
O primeiro candidato António Fernando Lopes Estrela, oriundo da Covilhã, focou a apresentação a júri em vários aspectos da sua existência, evidenciando inicialmente as suas competências em língua inglesa. Descreveu o seu percurso escolar que se prolongou até ao 11.º ano, que não completou. Referiu a interessante prática voluntária no serviço militar (Força Aérea). Sublinhou as distintas experiências e responsabilidades profissionais ligadas à actividade comercial, a formação profissional transversal e, sublinhou aspectos profissionais que implicaram lições de vida e/ou foram impulsionadores de mudanças. Centrou-se ainda, na actual função, como Auditor numa empresa de Marketing. Realçou a sua vivência voluntária na Rádio - uma das suas paixões (que pensa retomar a breve trecho) referenciando a evolução deste meio de comunicação e as suas especificidades. Expôs as suas actividades de lazer e sublinhou, por último, a importância do processo RVCC na sua vida. Nos seus planos de futuro afirmou que pretende continuar a formar-se para enriquecer o seu currículo e dinamizar a sua carreira. Salientou, por fim, as prioridades dadas à sua profissão e os condicionalismos que estas implicaram para o processo RVCC e destacou, neste sentido, o forte incentivo que recebeu da equipa do CNO da ESCM para a conclusão do mesmo.
O segundo candidato José Saraiva Alves Azevedo, oriundo da itinerância de Aldeia do Souto apresentou a júri o seu percurso de vida, salientando a experiência positiva no processo RVCC de 9.º ano neste CNO como impulsionadora para a continuação do nível secundário de certificação Em termos profissionais apresentou uma vasta e especializada experiência no sector têxtil, dado que fez várias e importantes formações profissionais na área da modelagem industrial, modelagem assistida por computador, corte e organização empresarial e qualidade. Como empresário do sector destacou a importância destas aprendizagens na sua actividade, que descreveu pormenorizadamente. Reflectiu sobre a evolução do sector têxtil que conheceu de perto, a crise no sector e explanou o caso de sucesso da Dielmar, empresa para quem trabalha. Mesmo tendo uma forte dedicação à dimensão profissional na sua vida, não deixou de referenciar os anos que dedicou ao Rancho Folclórico de Cantar Galo (Unidos do Lameirão) e a outros aspectos do seu lazer, como o ciclismo. Estando a frequentar formação em higiene e segurança no trabalho no seu local de residência, Belmonte, manifestou interesse em prosseguir na via de aprendizagem, especialmente na sua esfera da actuação profissional que desenvolveu na sua vida.
O terceiro candidato, José Alberto Pires Pinheiro, oriundo da itinerância do Canhoso relembrou as aprendizagens da sua vida, em várias dimensões, entre as quais, as aprendizagens formais e as aprendizagens profissionais no sector têxtil (ultimação) e na Junta de Freguesia do Canhoso. Sublinhou a sua paixão pelo desporto em geral e pelo Sporting Clube da Covilhã, em particular. Referenciou no âmbito dos temas inclusos do portefólio reflexivo de aprendizagens, a questão da evolução da sinalização/segurança/ vigilância e prevenção rodoviárias. Não deixou de expressar a vontade de prosseguir com a formação e aprendizagens ao longo da vida.
A quarta candidata, Maria Fernanda Duarte Francisco, oriunda da itinerância de Colmeal da Torre relembrou a sua infância e percurso escolar. Explicitou os motivos porque não prosseguiu os estudos após o 9.º ano de escolaridade, que completou no actual agrupamento de Escolas Pedro Alvares Cabral. Referiu a importância que sempre deu à formação e os cursos que fez para se enriquecer, pessoal e profissionalmente. Do mundo do trabalho expressou as memórias vividas no Sector Têxtil como Costureira Especializada e no apoio aos idosos na função de Ajudante de Lar e Centro de Dia. Neste sentido, e por estar reformada por invalidez, referenciou o apoio voluntário e acompanhamento, que presta aos idosos no Centro de Dia de Colmeal da Torre, sua terra e, consequentemente, reflectiu sobre a problemática do envelhecimento nas sociedades modernas. Expressou também a afeição que tem às tradições da sua terra: 
 
(…) É tão linda a minha terra, De manhã até sol-posto, Desde o vale até á serra, Nela se vive com gosto, Não seria mais ameno, O paraíso terrestre, Que o ar tão doce e sereno, Da minha aldeia campestre (…) “ (In Hino do Colmeal). 
 
Ilustrou ainda as viagens que tem feito ao longo da vida e as que pretende fazer para o futuro (Vaticano e Jerusalém). Não deixou por último, de louvar o trabalho da equipa que a acompanhou e orientou.
O quinto candidato, Daniel da Costa Lourenço, oriundo da itinerância de Belmonte expressou a forte experiência e formação profissional interna na REFER, mais concretamente, como operador de infra-estruturas. Função esta, que exerce após algumas experiências em outras áreas, como a agricultura, a construção civil, a carpintaria/marcenaria e o comércio. Referenciou a sua vivência associativa e o desporto de lazer que pratica - a pesca, nas suas diversas modalidades. Aludiu na parte final da sua apresentação pública aos seus planos de futuro, referentes concretamente em termos pessoais à conclusão do projecto de habitação em curso, e em termos profissionais, à formação interna na REFER e à progressão na carreira.
A sexta candidata, Maria Luísa da Costa Geraldes, oriunda da Covilhã apresentou e reflectiu sobre o seu riquíssimo percurso de vida, pleno de contrastes, desafios e aprendizagens interculturais. Sob o título simbólico Monangambé (Ruy Mingas) apresentou o seu trajecto singular. 
 
Naquela roça grande
não tem chuva
é o suor do meu rosto
que rega as plantações;
Naquela roça grande
tem café maduro
e aquele vermelho-cereja
são gotas do meu sangue
feitas seiva.
O café vai ser torrado
pisado, torturado,
vai ficar negro,
negro da cor do contratado.
Negro da cor do contratado!

Nasceu, estudou e trabalhou em Angola, mais concretamente em Benguela. Descreveu os sobressaltos que vivenciou desde a descolonização até à consolidação da sua vida pessoal, familiar e profissional na cidade da Covilhã. O seu trajecto no mundo do trabalho incluiu experiências no sector do comércio, hotelaria e têxtil. Devido ao encerramento de inúmeras fábricas no sector têxtil, foi desafiada a enveredar por um rumo completamente distinto, e deste modo, desenvolve actualmente a sua actividade empresarial como gerente de um café/pastelaria de sucesso, o “Cantinho dos Sabores”. Expressou em termos de lazer o seu gosto pela riqueza cultural do nosso país, e no tema livre que apresentou reflectiu sobre uma vivência pautada por expectativas e esperanças que “De África para a Europa” soube realizar. Realçou a flexibilidade do processo RVCC e da equipa que a acompanhou como factor principal para a conclusão do mesmo. Manifestou, ainda, a necessidade que sente de aprofundar as aprendizagens iniciais com formação adequada ao exercício da sua actividade profissional, como sejam acções de formação modulares em HST e HACCP. 
 
Aos adultos certificados os parabéns da equipa técnico-pedagógica que os orientou pela brilhante prestação pública.




Votos de felicidades
A Profissional de RVC, Dr.ª Olga Marques Filipe

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